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sábado, 15 de outubro de 2016

CAFÉ RACER NOVAMENTE 


Manhã de 21 de Agosto de 1961 , céu limpo, azul e uma pequena brisa quente própria da época, foi o que vislumbrei da janela do meu quarto ao acordar.
 Era dia de elevados valores de adrenalina, tinha combinado com o meu grupo de nos encontrar-mos no café ao fundo da rua, pois íamos desafiar o grupo das Norton.
 Éramos vistos como os meninos Top-Up, por termos motos Triton e eles as Norton.
 De salientar que as Triton eram motos híbridas pois conjugavam o melhor de duas marcas, o motor das Norton e o quadro das Triumph, mesmo não sendo uma marca própria eram consideradas as melhores.
 Eles eram conhecidos como Rockers pois quase todos tinham motos Norton julgando-se os melhores e invencíveis.
 Ambos os grupos começaram a ser apelidados pela sociedade por Café Racers, em virtude de fazermos corridas de pequenas distancias mas de grande velocidade entre cafés. Este espírito alastrou-se um pouco por todo o mundo, inclusive na Alemanha, Itália, França,etc....,sendo a sua origem britânica.
 Estamos na época dos cafés com juckbox, do casaco de cabedal, bota em pele, calça de ganga, altura essa em que os jovens para fugirem à monotonia e rotina se juntavam nesses cafés para conviverem, ouvirem musica, se divertirem, e claro está fazerem as tais corridas de moto libertando aí a sua adrenalina.


 Eram os próprios que preparavam as suas motos, dentro das poucas possibilidades financeiras que alguns pudessem ter.
 A imaginação vinha ao de cima, conjugando alguns conhecimentos de mecânica e aerodinâmica.
 Uma regra básica dos Café Racers partia por desprezar o conforto,dando sempre preferência à potência.
 Alterações efectuadas no motor como carburadores duplos permitia-lhes atingirem velocidades superiores a 160km/h, o que para a época era de se lhe tirar o "chapéu". Alteravam também as suspensões e utilizavam sempre pneus radias. Por norma, as motos eram leves com os guiadores bem curtos, depósitos grandes, o que obrigavam o corpo a ficar algo inclinado para a frente.
 Quanto aos meninos Top-Up, marcávamos a diferença pelo, já mencionado, casaco de cabedal, calça de ganga, bota em pele, luvas de pele, e os tão conhecidos óculos estilo aviador.


 A titulo de curiosidade, as motos usadas na época eram as Norton, Triumph, Triton, BSA. Sendo esta última a mais barata, pois a fábrica da mesma não era especifica de montagem de motos, mas também de fabrico de armas, carros, e bicicletas.
 Durante os anos 70 este conceito de motos alargou-se ás marcas japonesas, sendo a de referência a marca Honda.


 Passado quase cinco décadas está-se a voltar ao conceito de motos estilo Café Racer, sejam as marcas a fabricá-las sejam os próprios as transformá-las em casa.

(minha realização feita na minha garagem)

 Com este renascer de conceito têm vindo a surgir oficinas, casas, a especializarem-se na transformação e/ou personalização de motos.
 Cada vez mais vimos o aparecimento de motos de estilo Café Racer a circular, hoje em dia mais para deslocações citadinas do que propriamente para corridas.
No seguimento desta moda surgem outros estilos, como seja, o Scrambler. As Scrambler diferenciam-se das Café Racer pela possibilidade de estarem vocacionadas também para circularem em trilhos de terra batida.

Este reviver de conceito pratica uma excelente homenagem ás míticas motos que iniciaram a famosa e emblemática corrida da Ilha de Man. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016


 A adopção de um animal e os seus quês!


Quem nunca teve , como primeira ideia, ao despertar depois de uma boa noite de sono, ter um animal de estimação?
 O sorriso provocado pela ideia, causadora de um bem estar e liberdade de espírito, pode ser sem duvida momentânea. No trabalho e até mesmo na vida social com os amigos surge a vontade de partilhar o gosto por adquirir um animal .
 Por norma após expor a ideia temos um feedback muito positivo,tal como, "que atitude bonita!", "acho muito bem!" , "mas vais comprar ou adoptar?" 
 Perante estas questões começa aqui a ideia a tornar-se seria e responsável.Seja qual for a opção que possamos estar prestes a tomar, será sempre uma atitude séria, visto que vamos acolher um ser vivo que tem sentimentos, necessidades, vontades e personalidade própria.
 Qualquer animal não pode NUNCA ser visto como um objecto!!!
 Os primeiros passos a dar será, ponderar se temos um lar com as necessárias condições para o novo membro da família, fazer um retrospectiva séria e consciente se somos verdadeiramente capazes de fazer uma genuína troca  de sentimentos, tal como, trocar amor, amizade, disponibilizar o tempo necessário para o bem estar desse novo amigo. 


Penso que, antes de tomar uma decisão definitiva, há um trabalho muito importante a fazer que é, "que tipo de animal pretendemos?", "qual raça?", "qual o tamanho?"...
 Não tome qualquer decisão sem antes passar por todos estes, e mais alguns possíveis, passos aqui referidos.
 Infelizmente, por falta de verdadeira consciencialização, há muitas pessoas que após alguns meses ou até anos, começam a encarar este membro da família como um entrave ou até mesmo como uma "prisão" ! Outros há que, por falta de informação ou até mesmo mera maldade, praticam o abandono do seu "maior e verdadeiro amigo", alegando motivos nos quais eles pensam acreditar serem verdadeiros!!! Refiro-me, por exemplo, aquando do nascimento de um filho. A falta de informação verdadeira provoca este tipo de atitudes tristes:
 -"Não posso ter um cão, gato, etc...em contacto com o meu filho, pois pode transmitir doenças, morder ou arranhar, etc..."
 No intuito de desmistificar este assunto um grupo de cientistas finlandeses efectuaram um estudo onde provaram que esta situação é um mito, a questão dos pêlos dos cães e gatos provocarem alergias às crianças. O teste foi realizado a um grupo de crianças do qual umas conviviam com animais e outras não. A conclusão a que os cientistas finlandeses chegaram foi de que 50% dessas crianças as que tinham convívio diário com animais apresentaram uma tendência muito mais reduzida a este tipo de situações, entenda-se, alergias.
 Outra situação real, consiste num teste realizado a 191 pessoas, numa faixa etária completamente diferente, entre 60 e 80 anos. Indivíduos esses portadores de colesterol alto, diabetes e pressão sanguínea alta. 40% dessas pessoas tinham um cão, constatou-se que viviam até um ano ou mais do que aquelas que não o tinham, pois o convívio com o animal diminui o stress e ajuda na interacção social. Essa referida diminuição surge devido ao convívio com o próprio animal, sendo de alguma forma um efeito terapêutico, assim como a interacção social surge pela "obrigação" de passear o animal, levar a rua das suas necessidades, as idas ao veterinário, etc...o que leva à redução de um possível isolamento dessas pessoas em suas casas, estimulando sim o convívio com outras pessoas, a frequência de locais públicos, em suma, a potenciação de socialização.






 A adopção de um animal acarreta custos, como seja, a sua alimentação, as idas ao veterinário,  brinquedos, ou até mesmo locais onde necessite deixá-lo em segurança e bem acompanhado, refiro-me a hotéis para animais ou o serviço de um pet sitter credenciado seja por motivo de ferias (o ideal seria leva-lo consigo) ou motivos de deslocação pontual profissional. 
 Relativamente à alimentação e alojamento existem inúmeras opções ao nosso dispor, cabendo a cada um de nós ter a capacidade de identificar a realidade do "nosso bolso", sem qualquer constrangimento ou prejuízo do orçamento mensal.  




     Adopte sim, em consciência !!! Não caia no erro das modas !!!